Fugas… ou como Diablo quer roubar minha vida!

Acorda cedo, toma banho, veste roupa, fecha a casa, pega o ônibus, trabalha, volta embora, abre a casa, tira a roupa, toma banho e vai dormir… puta vida chata do cacete, não?

Isso é o que chamamos de rotina, todo mundo tem alguma, similar ou não, mais divertida ou não, mas no fundo no fundo, rotina. Penso que dessa maneira, criamos artifícios para conseguir enganar nossos cérebros e não desistirmos de continuar a ‘doar’ 27,5% do nosso suor para o governo, eles são as fugas, e você aí do outro lado tem uma e não adianta esconder… talvez até ler esse blog seja uma delas!

O problema é que taxamos essas fugas como ruins, talvez pela maneira como o viés se modernizou, hoje em dia, uma das minha fugas é o jogo, hype do momento, Diablo III, mas consegui deixá-lo para poder dividir essa meia dúzia de palavras. Enfim, voltando ao raciocínio porque o loop ficou longo, fugas não são ruins, são sim necessárias, é uma maneira de conseguirmos abstrair do mundinho mediano que vivemos e almejar algo diferente, pensar um pouco mais e, dependendo da fuga, até ficar mais saudável.

“Ah, Everton, sou um master Zen Budista, megazorde fodêncio e não preciso de fuga alguma”, mentira! Precisa sim, acredito que até mesmo quem entende muito de meditação profunda, precise de algo para mudar o foco em algum momento. Para alguns é uma leitura (essa é outra fuga minha, todo dia enquanto viajo pela belíssima canaleta de ônibus de Curitiba, sempre aproveito para dar uma passadinha em Westeros e Essos e assim aliviar as agruras de ter minha bolha social exprimida), outros são exercícios, fazer academias, estudar, correr, encher a cara e qualquer forma de atividade que te desconecte da realidade por algum tempo e nessas desconexões, você resolve problemas do trabalho, re-lembra que ama muito sua esposa(0), que tem contas para pagar, mas independente de tudo, você se vê livre!

Porém como tudo, liberdade é temporária, após sair do seu pequeno universo e retornar para esse nosso mundo de 7 bilhões de seres humanos, as dores da realidade retornam, causticantes e mesmo que você não se dê conta, enfrentará elas, não porque esta em modo automático, mas sim porque está mais leve e apto para aguentar, para tão logo que possível, você possa receber novamente seu soma e assim desfrutar um pouco mais da sua fuga particular.

Mas então vamos viver nessa fuga eternamente? Não, né! Pelo simples fato que a fuga viraria rotina e então você sentiria nostalgia da sua antiga rotina e veja só, com certeza iria vez ou outra fazer o que antes lhe parecia tão rotineiro e banal! A verdade nua e crua, é uma só, de tão grandiosa, muito simples, como tuno no universo: Equilíbrio! Mantenha o equilíbrio entre sua fuga e sua rotina e seja feliz… porque eu, vou jogar um pouco de Diablo agora, mesmo assim, vou dormir de conchinha com minha esposa e não com frio às 2h da manhã como ontem!

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